Pra falar verdade nunca achei que valeria a pena, eu pouco
esperava por isso, mas quando grandes coisas acontecem você acaba as deixando
rolar. Esse foi o erro. Talvez não seja um dos maiores erros da minha vida – na
verdade não é um dos maiores mesmo, nem é um grande erro, não sei por que penso
dessa maneira, talvez seja por que eu penso muito – Mas eu não acreditava muito
nisso, não depois do que aconteceu comigo, ou pelo menos acontecia. Confiar de
mais sempre foi um dos pequenos detalhes e motivos da minha vida estar desse
jeito hoje em dia. Acreditar de primeira também foi outro motivo. Acho que
perdi um pouco disso. É bom por um lado: eu não sou mais boba e não caiu fácil nas
conversas dos outros. Por outro lado é péssimo: o fato de eu não conseguir
acreditar. E não acreditar te faz uma pessoa incompreensível.
As dores acumuladas passam despercebidas aos olhos de quem
te vê andando por aí sozinha. Você está bem. Mas fingi. É claro, as pessoas não
estão na sua mente, e nem todos vão vir te perguntar o que houve. Então você
pensa que mesmo se eles viessem te perguntar ou ao menos se preocupar, você não
os contaria o que houve simplesmente pelo motivo ser uma das coisas mais
inimagináveis de se pensar.
Não sei, sei lá, não sei. Dormir é umas das poucas soluções
quando estou assim, tão eu mesma. E isso por mais que doa profundamente – até que
não muito, pra falar verdade, como bastante chocolate ás vezes e isso até que
ajudo um pouco- sou um porre quando estou assim, pra mim mesma. Meus olhos doem
se é que vocês me entendem. Então é só. Não só o que eu tenho pra falar, mas só
o que conseguir expressar o que estou sentindo agora.
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